Louvor e Adoração

terça-feira, 25 de maio de 2010

PONDO AS MÃOS NO ARADO

Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas. (Rm 10.14,15).

Este texto, que se configura em uma das mais tocantes e incômodas perguntas sobre missões, denota o estado triste e deprimente em que se encontram os cristãos atuais. Desconhecem que o invocar do nome do Senhor, pelas almas sedentas, só poderá se tornar uma realidade quando aquelas ouvirem a pregação daqueles que forem enviados.
Poder-se-ia indagar que ainda não há uma ação mais efetiva, no que tange o evangelismo, pois ninguém os enviou. Porém, a ordem mundial do Senhor da Seara ressoa a mais de dois mil anos por toda a história: "Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém." (Mt 28.19,20). A ordem de envio, já foi dada. Se negligenciarmos a mesma, serem servos rebeldes que não amam obedecer ao seu Senhor.

Somente a ordem não basta, se não houver esforço para com o aprendizado da Palavra, pois a pregação consiste em falar daquilo que está contido na Bíblia. Essa conclusão parece um tanto lógica, porém tem se tornado em uma verdadeira raridade, visto que a pregação hodierna possui um conteúdo totalmente fugaz a mensagem pura e espiritual, que está contida nas Sagradas Escrituras. Fala-se de tudo. Prosperidade, quebra de maldição, encosto, mudanças de nomes, retirada do nome do Serasa, etc. Porém, rejeita-se a pregação tão eficaz da mensagem da cruz, da repulsa ao pecado, do amor a justiça, da busca pela santidade.
A descrição de algo que amamos é bastante fácil. Um marido descreve, perfeitamente, as características de sua esposa, pois a ama. Um músico descreve, perfeitamente, as características de seu instrumento, pois ama o que faz. Se não conseguimos falar do amor de Cristo, da sua Palavra, da mensagem da cruz e, principalmente, do próprio Deus, demonstramos que amamos a tudo, menos ao Senhor e sua causa.

Até este momento, no envio e pregação da Palavra, andamos em missões com a ajuda do Senhor. Porém, a partir deste ponto, o homem sai de cena, e a atuação passa a ser única e exclusivamente do Senhor.
O ato de crer, que está intimamente ligada a fé, não vem do homem, pois o Autor e Consumador da mesma é Jesus Cristo (Hb 12.2). Pela fé se chega a salvação, através da graça, sendo esta não um dom do homem, para que este não se glorie, mas de Deus (Ef 2.8,9). O convencimento do juízo, da justiça e do pecado é obra do Espírito Santo de Deus (Jo 16.8). Nota-se, portanto, que o crescimento da nova vida, como um vento, não cabe a nós, mas é obra do próprio Deus.
Lancemos as sementes de vida eterna a tempo e a fora de tempo, pois quem nos comissionou e nos arregimentou é Fiel e vela sobre a sua Palavra para cumprí-la (Jr 1.12).

Por isso, queremos solicitar a ajuda de todos que acessam este blog, pois a situação do bairro da Marambaia está deprimente. No dia 08/05/10 o grupo de evangelismo se organizou para um levantamento, nos seguintes locais: passagem Primeiro de Agosto, travessa Jarbas Passarinho e passagem Eduardo Angelim, a fim de obter uma visão da situação religiosa destes endereços.
Veja a situação tétrica que se encontram estas localidades.
De 809 pessoas entrevistas: 444 são católicas, 5 espíritas, 12 testemunhas-de-jeová, 3 umbandistas, 13 adventistas, 34 desviados, 2 ateus e 45 sem religião, o que totaliza 562 pessoas que estão sem a salvação. As demais pessoas são evangélicas de diversas denominações cristãs, como: Assembléia de Deus, Quadrangular, Deus é Amor, etc.
Diante desta situação não cabe apenas orar, mas por a mão no arado e correr em direção aos campos brancos. Que nossa oração e disposição possa se assemelhar a de Isaías: "Eis-me aqui, envia-me a mim" (Is 6.8b).


Autor: Wallace Maia

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